E, A Revista do Expresso, 18 de Junho de 2016.
Será possível um crítico ser tão cego que não vê o óbvio? A julgar pelos tristes textos de José Mário Silva na revista E do jornal Expresso, parece que sim (mas quem é o redactor-chefe borra-botas que deixa este senhor escrever sobre banda desenhada?). Leia-se o inenarrável texto e compare-se com a imagem: "os enquadramentos de Juan Cavia conseguem captar todas as subtilezas da expressão fisionómica dos soldados diante da brutalidade das situações de combate": só se for a subtileza de um martelo-pilão. Não penso ler a obra aqui em questão (Os Vampiros de Filipe Melo (a) e Juan Cavia (d), Tinta da China, 2016), mas não preciso de me sacrificar a esse ponto para ver as imagens que o jornal generosamente reproduz. A bonecagem que nos é mostrada é para ser levada a sério? Estamos perante um romance gráfico sobre a guerra colonial ou perante uma animação qualquer da Disney / Pixar? Sejamos sérios, por favor!...
Filipe Melo (a) e Juan Cavia (d), Os Vampiros, Tinta da China, 2016.
PS Depois de uma pesquisa na ficha técnica do Expresso está descoberto o borra-botas. Chama-se Jorge Araújo, para que conste. Ah e parece que agora falamos inglês: em vez de "redactor-chefe" (com ou sem desacordo ortográfico) dizemos "editor".