Desta vez a máscara caiu (pun intended com o nº 1) e revelou o que já suspeitava: se da primeira vez 50 % era descartável, desta vez pouco se aproveita. Não é que eu não compreenda o dilema comercial: se a colecção tivesse títulos realmente importantes ninguém lhe pegava. É o capitalismo a (des)funcionar.
eu acho que é preguiça de "clube dos rapazes da BD"... a colecção funciona bem porque tem publicidade e distribuição do Público, vendeu tanto como qualquer colecção do Batman segundo me disseram. Poderia ter "títulos realmente importantes" que as pessoas comprariam na mesma senão como teriam comprado Crumb ou Baudoin da primeira colecção? O mau-gosto e/ou falta de formação dos editores é que seleccionou estas "novelas" da treta e não o capitalismo. Que se culpe o Capitalismo de muitas coisas mas não das escolhas culturais dos editores de uma colecção de livros. Deixa-me ser Defensor do Diabo nesta situação...
ReplyDeleteabraços
M
Sim, suponho que tens razão. Segundo me parece o público leitor ou: 1) nunca lê banda desenhada e compra numa de "vamos lá a ver o que é isto já que é publicado pelo Público"; ou 2) só lê banda desenhada da treta, tipo Asterix, Tintin, super-heróis, e companhia...
ReplyDeleteSó no segundo caso, curiosamente o único dos dois que é informado, é que poderá existir o tal problema capitalista do nivelar por baixo. Por acaso gostava de ver um estudo de marketing sobre estas colecções. Eu, desde logo, é que não faço parte do público alvo; isso, de certeza.
por acaso acho que nada deve ser assim tão preto e branco mas um cinzento ou grupos de cinzentos entre essas duas situações, já vi dos dois casos e intermédios em relação ao ano passado.
ReplyDeletequanto à escolha dos títulos, parece-me que é o segundo caso, hahahaha
há o Mattotti, sempre é melhor que o Ric Hochet e o Jiro que sempre é melhor que o Michel Vaillant... wtf!? isto já não faz sentido, boa noite!
Queres dizer que há leitores informados sobre outra coisa que não seja a treta do costume? E quantos são? Quinze?
ReplyDeleteO Mattotti e o Taniguchi ainda é a única coisa que se aproveita. Em 15 títulos.
sim, há 15 leitores.. se calhar 13 como as tribos da Bíblia Sagrada... hahahaha deve haver mais mas não se sabe onde andam como as tribos de Israel! eles andam aí, não se manifestam em eventos de BD, não fazem blogues, apenas compram livros... 50? 500? 1500? quem sabe? nem precisam de esperar do que o Público lhes leva à boca, vão à Amazon ou book Depositary, para quê perder tempo à espera de edições portuguesas? eles existem mais do que se pensa, sei disso pelo que vejo na CCC e MNRG, e outras situações... sendo também pessimista não seria tanto como tu!
ReplyDeleteabraços
M
OK, é bom saber, apesar de tudo... O perfil dos treze é: educação acima da média (talvez superior) na área das artes visuais em geral (design, etc...)... Será isso?
ReplyDeleteO que dizes também vai em detrimento de uma colecção deste tipo: na hipótese de se editar (vou dizer um impossível) Teratoid Heights, o pouco pessoal a que nos referimos já o tem e os outros ou lhe pegam com espírito de aventura, como disse, ou fogem dele como o diabo da cruz (onde estão os Dupondt? E o Homem-Aranha? Arrrrgh!..).
hum... nesse caso ficamos pelos 13 - se for educação acima da média na área das artes visuais...
ReplyDeleteO que queria dizer é que há muita gente (invisível na esfera "bedófila") que lê Bd sem ser as aranhas-Duponts... nos anos 90 ninguém abaixo dos 20 anos (ou até acima) conhecia Crumb ou Clowes e hoje vejo montes de putos que sabem quem são estes autores - e putos que nem estão ligados à BD como autores, apenas como leitores.
we will win!
Ah, pronto, então tá bem, se são putos fico-me pelo papel de profeta Isaías (ou Moisés, ou isso...): anuncio o admirável mundo novo, mas já não o vejo...
ReplyDelete