No próximo dia 18 de Setembro vou participar nas Terceiras Conferências de Banda Desenhada em Portugal, 2013, com uma comunicação intitulada "Héctor Germán Oesterheld na Editora Columba". Desde já agradeço a presença dos que estiverem presentes (o pleonasmo é propositado).
O cartaz acima é de Marta Monteiro, mas, já agora, uma nota: claro que poderia fazer uma pequena desconstrução e dizer algo assim como "os conferencistas vão dar a voz a quem não a tem (os animais, com a excepção do papagaio que é a voz do dono) por cima dos poderes instituidos." (Neste caso, o poder colonial, mas por que é que o colono é negro?, ou será a sombra da selva que lhe enegrece o braço?) Por outro lado, e esta leitura é que me chateia: poder-se-ía dizer que, mais uma vez, o cartaz veícula o cliché da literatura de cordel, do filme do pobre, da aventura juvenil, da fantasia desabrida, da literatura de evasão... Essa não é, afirmo-o vigorosamente, a "minha" banda desenhada. Se bem que desta vez, e por acaso, até é tudo isso que tem a ver com a minha comunicação a qual se poderia resumir da seguinte forma: o que é que acontece quando um grande artista se vê obrigado, pelas circunstâncias da vida, a exercer o seu ofício numa empresa grosseiramente comercial?
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