Thursday, February 11, 2016

Daniel Clowes



Daniel Clowes by Rutu Modan, Seth and Anders Nielsen

Daniel Clowes was profiled at the California Sunday Magazine.

I especially liked the ending:
Back when the artist attended Pratt, comics fans were geeks and losers, guys who lived in their moms’ basements and, once a year, trekked out to conventions. “Now people think of graphic novels as the vital art form I thought it was when I first started out,” Clowes says. It’s a good thing, mostly, but also a little bittersweet. With audiences flocking to superhero and sci-fi-themed movies in droves, comic geekdom has been co-opted by the masses. What was once a badge of nerdish honor is the new normal. All of us are comic geeks now — which means, in a way, that none of us are. 
Robert Ito
That's the tragedy of comics and that's the tragedy of comics criticism. Just when the art form was accepted by the mainstream culture, said acceptance means nothing. As for criticism, is there a need to even mention its corpse?

9 comments:

MMMNNNRRRG said...

é o que dá um gajo envelhecer mal e achar que ser nerd é/era uma coisa fixe...
zeus!

MMMNNNRRRG said...

aliás, o que dizer depois disto e não estamos a falar de bd:
https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/ha-livros-que-nos-podem-fazer-mal-1722455
M

Isabelinho said...

Há vinte anos que ando a dizer que há uma pandemia de complexo de Peter Pan.

Isabelinho said...

Lembro-me vagamente desta história, a qual suponho ser apócrifa:

Um dia perguntaram a um padre de 90 anos o que é que ele achava do mundo, já que tinha lidado com ele durante tantas décadas. A resposta foi: "Há muito poucos adultos".

Isabelinho said...

E, sim, estamos a falar de banda desenhada...

MMMNNNRRRG said...

não sei se estamos a falar de BD... porque se noutros campos artísticos criaram-se estruturas sérias (e adultas?) ao contrário da BD por causa da sua guetização durante o século XX, quando se bate da BD é como bater no ceguinho (o que pode não ser mais pela perspectiva pavlov, de tanto bater que ele há de aprender a ver,hahahaha)... A BD já é PPP (pandemia peter pan) "desde sempre", está no seu ADN mas tem dado bastantes avanços (embora sei que não vás concordar com esta afirmação), se calhar até em contra-ciclo com a PPP que contamina as outras áreas - o artigo do Público é uma das muitas mais histórias que andam por aí, seja na música, cinema ou literatura.
nada desculpa nada seja como for, junk everywhere, ars moriendi, continua a bater nesses ceguetas!
M

Isabelinho said...

É isso mesmo, como diz Robert Ito no meu post. O problema de fundo é o neoliberalismo. Vale tudo para lucrar... Enfraquece-se o Estado e desinveste-se na Educação. Deixam de se criar consumidores informados e cultos para termos massas críticas acríticas e hedonistas que consomem tudo o que lhes faça esquecer a realidade (os marxistas nos anos 60 falaram de "alienação", e muito bem). Entretanto "o que faz esquecer a realidade" (ou a realidade para onde se foge) é misógino, violento, maniqueu, etc... etc... Estou a falar de banda desenhada, mas estou muito mais a falar de cinema, e mesmo de literatura (o entretenimento na cultura pop é machista, disso não há dúvida, mas também podia aqui descrever o "outro lado", o das romcoms, etc... Enfim... passons, como dizia o outro...).

E a arte nesta luta desigual com o kitsch? Retraiu-se para o consumo da elite e das camadas mais altas da sociedade provando à saciedade que o capitalismo, ao fim destes séculos todos, deu meia volta e transformou-se no Ancien Régime.

MMMNNNRRRG said...

falas de arte em geral, certo? porque se falamos de artes plásticas e conceptual, etc... também deixa estar, é cada PPP que envergonha...

Isabelinho said...

Sim, falo de arte em geral. Mas a arte conceptual é tudo menos PPP. Daqui a bocado posso falar disso.